segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Em Angola...

A previsão do Banco Mundial para 2010 em Angola.

Segundo relatório assinado pelo economista-chefe do Bird em Angola, Ricardo Gazel, o PIB do país deverá crescer entre 6,5% e 7,5% este ano, dependendo do desempenho do setor não-petrolífero.
O setor petrolífero deverá crescer 6,5%; e a produção de petróleo de 1,79 milhão de barris/dia no ano passado para 1,9 milhão de barris/dia em 2010.
O crescimento do setor não-petrolífero será afetado positivamente pela expansão do setor petrolífero, aumento de gastos pelo setor público e alguns investimentos privados nos setores agrícola e de manufaturas.
O setor bancário também manterá sua expansão.
Por outro lado, políticas fiscais e monetárias apertadas manterão o crescimento abaixo de dois dígitos.
Se o setor não-petrolífero se mantiver entre 6,5% e 8%, o crescimento real do PIB vai variar entre 6,5% e 7,5%, respectivamente.
A inflação deve manter a taxa registrada no ano passado, em torno de 14%, assim como uma política monetária apertada vai equilibrar os efeitos da desvalorização do kwanza em relação ao dólar.

À medida que a economia mundial vá melhorando, a demanda por petróleo vai aumentar ligeiramente em 2010 e os preços devem se manter nos níveis atuais, correspondente a um preço em torno de US$ 70 para o petróleo de Angola.
Essas duas altas (preço do petróleo em Angola e inflação) resultarão num crescimento nominal do PIB entre 21% e 24%.
Em termos de dólar, espera-se que o PIB cresça de US$ 70 bilhões em 2009 para US$ 86 bilhões em 2010.
O cenário econômico melhorou muito desde 2009, mas os velhos desafios permanecem.
Primeiro, a alta dependência do petróleo continuará uma realidade pelos próximos anos.
Segundo, as políticas fiscal e monetária apertadas propostas para 2010 não serão facilmente implementadas se houver pressões crescentes para aumentar o gasto público e expandir o crédito se o preço do petróleo ficar no nível atual.
Por outro lado, há sempre a possibilidade de que o ritmo da recuperação econômica global diminua e, com isso, o preço do petróleo caia. 

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