segunda-feira, 23 de maio de 2011

Nota pública de esclarecimento sobre arrombamento da porta do Dce-Uesc

Em primeiro lugar quero deixar claro que não participo de nenhum movimento ou grupo de estudantes da Uesc e de nenhuma outra instituição de ensino, assim como também não sou filiado a nenhum partido político ou sindicato, em fim não participo de nenhuma entidade representativa de classe. Assim sendo assumo inteira responsabilidade sobre o arrombamento em questão ocorrido na noite do dia 20 de maio numa atitude individual, impensada, pontual e errônea.


Que motivações me levaram a tomar tal atitude? Poderia eu dizer que um dos motivos teria sido o preço da carne ou do feijão; do baixo salário mínimo e do altíssimo salário dos congressistas; poderia também colocar a culpa em quem inventou as portas e cadeados ou em quem levantou a primeira cerca; ou no decreto 12.583/2011 assinado pelo governador da Bahia em exercício; como poderia ainda falar que pensando em todo caos que se encontra a educação no Brasil em todos os níveis, tive um acesso de fúria que me conduziu a agir dessa forma; ou que foi por pensar em todas as mazelas que sofremos nesse modelo de sociedade; ou por fim, que foi por refletir simultaneamente em todo esse carrossel de inquietações que flutuam dentro de minha caixa craniana. Porém nada ou nenhuma dessas questões explicam ou justificam uma ação dessa magnitude.


Portanto é através dessa nota que assumo publicamente a culpa e me comprometo em arcar com todas as conseqüências, tanto morais quanto financeiras (farei isso na instância competente). Reafirmo que o ocorrido não teve a participação de nenhum grupo, movimento e sequer fui provocado por quem quer que seja para ter agido dessa forma.

A nota a seguir foi postada no blog do Gusmão:


A sede do DCE da UESC foi arrombada na madrugada dessa segunda-feira (23). A fechadura foi totalmente danificada. Nenhum dos estudantes que estão acampados em frente à sede da entidade quiseram falar sobre o assunto. A reitoria também não se pronunciou. A polícia foi acionada. Foto: Andrei Sansil.


Ressalto que a nota é em parte inverídica, pois o ocorrido se passou como já disse, na noite do dia 20, além disso, me causou profunda indignação um comentário feito sobre a nota na mesma página da web:


Estudante disse:

23 de maio de 2011 às 14:56

Acho q o MOBILIZA UESC precisa se pronunciar sobre a incitação que fizeram em seu blog, algo muito semelhante ao ocorrido:
” …aliás, só vejo uma saída para o Diretório Central dos Estudantes: extinguí-lo, arrancar a porta daquela sala e queimá-la – (a porta)…”
qm quiser conferir eh só acessar
http://mobilizauesc.bloHYPERLINK "http://mobilizauesc.blogspot.com/2011/04/mobiliza-tambem-uesc.html"gHYPERLINK "http://mobilizauesc.blogspot.com/2011/04/mobiliza-tambem-uesc.html"spot.com/2011/04/mobiliza-tambem-uesc.html

Fonte: http://www.blogdogusmao.com.br/v1/


Peço também que confiram o texto citado e associado injustamente a atitude que aqui estou assumindo, acredito que qualquer leigo sobre questões políticas irá entender que a proposta do autor do texto nem de longe propõe esse tipo de atitude, o desabafo (pelo que pude entender) propõe a reestruturação do DCE, conclama por maior participação de estudantes nessa entidade e maior abertura para os estudantes discutirem assuntos de importância relevante para os mesmos, será que uma porta quebrada promoverá isso? Não gosto de fazer analogias, mas, ao ler esse comentário ANÔNIMO que usa um pequeno fragmento de um texto para tentar induzir os leitores a criminalizar o movimento Mobiliza Uesc, claramente é uma atitude ainda pior do que arrombar uma fechadura, por que essa sim foi uma atitude friamente pensada e intencional, infelizmente não tenho como atribuir a autoria desse comentário a ninguém. Posso apenas por dedução acreditar que foi um leitor assíduo do blog do Gusmão, pois o comentário foi feito apenas 2 (duas) horas depois da nota ter sido veiculada, ainda por dedução posso inferir que se não foi um leitor assíduo o mesmo foi avisado por alguém que tenha interesse sobre a postagem, entretanto é uma coincidência incrível que pessoas de fora do cotidiano acadêmico tenha em tão pouco tempo conhecimento tanto sobre a nota do arrombamento e do texto publicado no blog Mobiliza Uesc, eu por exemplo só li o texto hoje, seguindo o link que segue o comentário.


Por fim os meus familiares e amigos conhecem minha índole e sabem que agir dessa forma não faz parte da minha conduta e é a eles que peço desculpas por esse fato e por ter provocado tanto constrangimento aos mesmos e o que mais me conforta é que são eles que sabem que esse ato impensado foi único em toda minha vida, solidarizam com toda angustia que sinto pelo meu erro e sofrem junto pelo meu arrependimento.


Alexandre Almeida Medeiros

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O DCE somos nós.



Faço parte do DCE/ Uesc, sou estudante!


Recorrendo ao Estatuto:

Art. 8° – São membros do DCE/UESC:

    a)Todos os estudantes de graduação regularmente matriculados na UESC

O caso, é que alguns estudantes foram eleitos nos dias 23 e 24 de novembro de 2010,para serem os representantes estudantis dessa universidade. Mas até onde deve ir essa representação?

Como foi escrito por ai, o Diretório Central do Estudantes Livre Carlos Mariguella, não apoia, não faz parte e desconhece o movimento intitulado Mobiliza UESC*, quanta petulância dizer que não apoia seus membros, afinal O DCE somos nós, não somos?

Não tinham que congregar e representar os estudantes da UESC, promovendo sua união em torno da resolução de seus problemas ou ainda promover e incentivar qualquer forma de organização capaz de beneficiar os estudantes, tendo como princípio atingir a sua organização livre e independente**?

Ao que parece morrem de medo do confronto de ideias e do debate aberto, pois temem ser desmascarados. Temem mais ainda o fato dos estudantes estarem lutando organizados e avessos a essa direção oportunista. Estão carregados de apatia e hipocrisia, tentando desmoralizar os coletivos. Colocam-se como os detentores da verdade e defensores dos reais interesses dos universitários, sem sequer consultar a base.

E digo mais, se hoje a Universidade transpira política, devemos isso aos estudantes que tomaram para si o papel de protagonistas; enquanto que, imerso em vícios do movimento estudantil, a diretoria que assina a tal carta de repúdio, simplesmente não representa os estudantes, e sequer se preocupa em tornar o DCE representativo.


É bom ficar claro, que os estudantes podem e devem se mostrar como uma comunidade crítica, que se posiciona e discute, já que a Universidade Pública deve ser um espaço de reflexão e formulação de políticas e ações de resistência. Devemos entender que educação publica não é despesa, mas um investimento. Ou seja, lutar pela educação pública, gratuita, de qualidade e democrática é lutar pelo bem de todos.


E é nossa obrigação lutar pela transformação da realidade.


O DCE tem que apoiar a luta dos estudantes, para isso é preciso vencer o aparelhismo e o imobilismo que toma conta da gestão 2010-2012. Afinal, que tipo de superpoderes se ganha quando se é eleito para a diretoria do DCE***?





Livia Correia****



*Trecho da Carta de repúdio do DCE/Uesc.

**Trechos do Estatuto, ao que parece nem sempre cumprido.

***Preciso de respostas.

****Atual Secretária Geral do Diretório Central dos Estudantes da Uesc, que só ficou sabendo da existência da tal Carta de Repúdio do DCE/Uesc quando esta foi publicada na internet. Sendo assim, não assina ou concorda com os absurdos escritos, visto que acredita no direito de auto representação e livre organização.


domingo, 10 de abril de 2011

Quincas, para onde foi a água???

Depois dos portões arrancados na calada da noite agora a UESC não tem mais água.

Será que isto é parte das políticas de contingenciamento da do Governo Estadual ou é só mais uma atitude escrota para desmobilizar o movimento estudantil???


Responde esta ai na moral, reitor Joaquim???


quinta-feira, 15 de julho de 2010

terça-feira, 9 de março de 2010

Mix de "Pérolas"

Um desafio aos estudantes de Comunicação e ao bom gosto

sábado, 6 de março de 2010

Programa Futuros Líderes nas Américas – Oportunidade de estudos no Canadá

Estão abertas as inscrições para o Programa Futuros Líderes nas Américas (ELAP). O ELAP contempla bolsas de curta duração (4-6 meses) para estudantes de graduação, mestrado e doutorado que tenham interesse em estudar ou realizar sua pesquisa no Canadá. O objetivo do programa é favorecer o aperfeiçoamento dos recursos humanos de uma nova geração de líderes nas Américas, ao mesmo tempo em que consolida as relações entre as instituições de ensino superior brasileiras e canadenses.
Os temas de estudo ou pesquisa prioritários são aqueles relacionados a disciplinas que promovam a boa governança, prosperidade, paz, segurança e o desenvolvimento econômico.
Em sua etapa anterior, lançada em abril de 2009, o programa contemplou 117 bolsistas brasileiros em diversas áreas, como engenharia, biologia, medicina, direito, relações internacionais, geologia, química, ciência da computação, agronomia, economia e ciências naturais.
O prazo para as inscrições encerra-se em 16 de abril de 2010 e a candidatura deve ser apresentada pela instituição canadense em nome do estudante.
São elegíveis os estudantes que estejam matriculados regularmente em uma instituição de ensino superior no Brasil que tenha um acordo de cooperação com uma instituição de ensino superior canadense. Para o nível de graduação, é necessário que haja um acordo de cooperação prévio entre a instituição brasileira e a instituição canadense. No caso de mestrado ou doutorado, caso não haja um intercâmbio formal entre as instituições, podem ser consideradas as candidaturas que envolvam uma nova ou já existente colaboração entre professores das instituições canadense e brasileira. Uma lista de acordos acadêmicos institucionais está disponível no site http://oraweb.aucc.ca/showcue.html.
Enquanto estiverem no Canadá, os bolsistas devem permanecer vinculados a seus estabelecimentos de ensino no Brasil. As bolsas consistem em $7.500 dólares canadenses por 4 meses e $10.000 dólares canadenses por 6 meses, administradas pelas instituições canadenses anfitriãs, e compreendem transporte aéreo, visto para o Canadá, seguro-saúde, livros e equipamentos (exceto computadores) e $1.200 dólares mensais para manutenção.
Além disso, alguns dos bolsistas poderão participar de uma viagem de estudos que tem o objetivo de proporcionar um panorama do regime de governança, da prática empresarial e da sociedade civil em áreas prioritárias para o Canadá.
Os alunos de graduação deverão iniciar seus estudos no Canadá até a primeira semana de janeiro de 2011 e os alunos de mestrado e doutorado até 15 de março de 2011.
Uma relação dos programas acadêmicos oferecidos pelas instituições canadenses pode ser consultada no site da Associação de Universidades e Faculdades do Canadá: http://oraweb.aucc.ca/dcu_e.html e no site da Associação das Faculdades Comunitárias do Canadá: www.accc.ca para cursos técnicos de nível superior.
Informações adicionais sobre o ELAP e outros programas de bolsas de estudo no Canadá podem ser encontradas no site www.scholarships.gc.ca.
Assessoria para Assuntos de Educação
Embaixada do Canadá
Tel.: (61) 3424-5425
E-mail: academic.bsb@international.gc.ca
Assessoria de Imprensa:
Embaixada do Canadá
Tel.: (61) 3424-5429
Consulado Geral do Canadá
Tel.: (11) 5509-4316

A miséria moral de ex-esquerdistas

05/03/2010

Alguns sentem satisfação quando alguém que foi de esquerda salta o muro, muda de campo e se torna de direita – como se dissessem: “Eu sabia, você nunca me enganou”, etc., etc. Outros sentem tristeza, pelo triste espetáculo de quem joga fora, com os valores, sua própria dignidade – em troca de um emprego, de um reconhecimento, de um espaçozinho na televisão.

O certo é que nos acostumamos a que grande parte dos direitistas de hoje tenham sido de esquerda ontem. O caminho inverso é muito menos comum. A direita sabe recompensar os que aderem a seus ideais – e salários. A adesão à esquerda costuma ser pelo convencimento dos seus ideais.

O ex-esquerdista ataca com especial fúria a esquerda, como quem ataca a si mesmo, a seu próprio passado. Não apenas renega as idéias que nortearam – às vezes o melhor período da sua vida -, mas precisa mostrar, o tempo todo, à direita e a todos os seus poderes, que odeia de tal maneira a esquerda, que já nunca mais recairá naquele “veneno” que o tinha viciado. Que agora podem contar com ele, na primeira fila, para combater o que ele foi, com um empenho de quem “conheceu o monstro por dentro”, sabe seu efeito corrosivo e se mostra combatente extremista contra a esquerda.

Não discute as idéias que teve ou as que outros têm. Não basta. Senão seria tratar interpretações possíveis, às quais aderiu e já não adere. Não. Precisa chamar a atenção dos incautos sobre a dependência que geram a “dialética”, a “luta de classes”, a promessa de uma “sociedade de igualdade, sem classes e sem Estado”. Denunciar, denunciar qualquer indicio de que o vício pode voltar, que qualquer vacilação em relação a temas aparentemente ingênuos, banais, corriqueiros, como as políticas de cotas nas universidades, uma política habitacional, o apoio a um presidente legalmente eleito de um país, podem esconder o veneno da víbora do “socialismo”, do “totalitarismo”, do “stalinismo”.

Viraram pobres diabos, que vagam pelos espaços que os Marinhos, os Civitas, os Frias, os Mesquitas lhes emprestam, para exibir seu passado de pecado, de devassidão moral, agora superado pela conduta de vigilantes escoteiros da direita. A redação de jornais, revistas, rádios e televisões está cheia de ex-trotskistas, de ex-comunistas, de ex-socialistas, de ex-esquerdistas arrependidos, usufruindo de espaços e salários, mostrando reiteradamente seu arrependimento, em um espetáculo moral deprimente.

Aderem à direita com a fúria dos desesperados, dos que defendem teses mais que nunca superadas, derrotadas, e daí o desespero. Atacam o governo Lula, o PT, como se fossem a reencarnação do bolchevismo, descobrem em cada ação estatal o “totalitarismo”, em cada política social a “mão corruptora do Estado”, do “chavismo”, do “populismo”.

Vagam, de entrevista a artigo, de blog à mesa redonda, expiando seu passado, aderidos com o mesmo ímpeto que um dia tiveram para atacar o capitalismo, agora para defender a “democracia” contra os seus detratores. Escrevem livros de denúncia, com suposto tempero acadêmico, em editoras de direita, gritam aos quatro ventos que o “perigo comunista” – sem o qual não seriam nada – está vivo, escondido detrás do PAC, do Minha casa, minha vida, da Conferência Nacional de Comunicação, da Dilma – “uma vez terrorista, sempre terrorista”.

Merecem nosso desprezo, nem sequer nossa comiseração, porque sabem o que fazem – e os salários no fim do mês não nos deixam mentir, alimentam suas mentiras – e ganham com isso. Saíram das bibliotecas, das salas de aula, das manifestações e panfletagens, para espaços na mídia, para abraços da direita, de empresários, de próceres da ditadura.

Vagam como almas penadas em órgãos de imprensa que se esfarelam, que vivem seus últimos sopros de vida, com os quais serão enterrados, sem pena, nem glória, esquecidos como serviçais do poder, a que foram reduzidos por sua subserviência aos que crêem que ainda mandam e seguirão mandado no mundo contra o qual, um dia, se rebelaram e pelo que agora pagam rastejando junto ao que de pior possui uma elite decadente e em vésperas de ser derrotada por muito tempo. Morrerão com ela, destino que escolheram em troca de pequenas glórias efêmeras e de uns tostões furados pela sua miséria moral. O povo nem sabe que existiram, embora participe ativamente do seu enterro.